Panorama Fundamental
A segunda estimativa do PIB dos EUA para o 2º trimestre de 2025 será divulgada na quinta-feira, 28/08, às 09:30 GMT -3, junto da prévia de lucros corporativos. É uma atualização do número inicial, incorporando dados adicionais de consumo, investimentos e comércio.
Projeções:
Na primeira estimativa, o PIB real cresceu 3,0% anualizado no 2º trimestre, após queda de 0,5% no 1º trimestre. Parte desse avanço refletiu dinâmica técnica das importações: uma corrida no início do ano para antecipar tarifas elevou o déficit, seguida de recuo no 2º trimestre, o que ajudou a impulsionar o cálculo final. O número foi forte, mas carrega distorções ligadas ao comércio exterior.
O que pode mudar na 2ª leitura:
A revisão poderá ajustar principalmente consumo, investimento e comércio líquido. O foco estará em confirmar se a demanda doméstica sustenta a recuperação ou se o impulso foi concentrado em fatores técnicos. A composição do crescimento é tão ou mais importante que o headline, já que define a leitura sobre a saúde da economia.
Impacto de mercado — por ativo:
• Dólar & Treasuries: uma revisão em alta tende a fortalecer o dólar e elevar os rendimentos dos Treasuries; revisões em baixa podem favorecer curva mais leve.
• Índices (S&P/Nasdaq): números fortes beneficiam ações cíclicas, mas se a expansão estiver concentrada em estoques e comércio, a reação pode ser limitada.
• Ouro/commodities: crescimento robusto pressiona o ouro via juros reais; revisões mais fracas apoiam o metal como proteção.
Pontos complementares (semanas):
O PIB será divulgado na véspera do PCE de julho, métrica de inflação preferida do Fed. Juntos, esses dois dados têm potencial de redefinir expectativas sobre política monetária e orientar o posicionamento dos investidores para setembro.
Estratégia & gestão de risco:
Se a leitura confirmar crescimento sólido e demanda interna forte, o viés é de dólar resiliente, valorização dos índices cíclicos e pressão sobre o ouro. Em caso de revisão em baixa ou fragilidade no consumo, pode haver repique em Treasuries e ativos defensivos, ao passo que ações cíclicas tendem a perder força. Em ambos os cenários, o cuidado com a volatilidade nos minutos iniciais pós-divulgação é essencial.
Conclusão:
O avanço de 3,0% do PIB na primeira estimativa trouxe alívio, mas a 2ª leitura será decisiva para entender se o crescimento é sustentável ou apenas reflexo de distorções temporárias. Em conjunto com o PCE, esse dado pode ser determinante para ditar o rumo dos mercados no fechamento de agosto e na preparação para setembro.
Panorama técnico de curto prazo EURUSD
O euro vem de um movimento de consolidação, travado entre 1.1658/1.1684 (onde passa o ADR High 1.16842) e a LTA que apoia a região de 1.1640/1.1616. O RSI (51) indica neutralidade e o MACD trabalha próximo do zero, sugerindo perda de momentum; o impulso de curto prazo segue limitado pelo teto em 1.1684.
Cenário de alta:
A retomada da força compradora só ganha tração com rompimento consistente de 1.1684 (ADR High) e fechamento H4 acima desse nível.
Alvos:
• 1.1740 (topo anterior)
• 1.1800 (máximas de julho)
Cenário de baixa:
A perda de 1.1640/1.1616 (suporte imediato e confluência com a LTA) abre espaço para correção.
Alvos:
• 1.1583 (ADR Low / suporte técnico próximo)
• 1.1530 (fundo mais amplo)
Preço de abertura do dia: 1.1617
Máxima semanal: 1.1726
Mínima semanal: 1.1602
Viés: alta no curto prazo
Gráfico 4 horas
